Ao pé da letra, promoter quer dizer "promotor", mas virou jargão que define aquele profissional que com habilitação em marketing ou não, que cria estratégias sociais ou institucionais para promover um produto quer seja uma escova de dente, hotel resort, boate, camarotes ou até agitos sociais.
O que me leva a falar deste profissional, é que não existem competentes mais que uma mão deles, é a permissividade que essa palavra permite para que existam um bocado de picaretas, mentirosos na maioria jovens a fim de aparecer, tirar onda e que não fazem a mínima idéia da importância da promoção no universo do marketing.
Vou me afastar um pouco do profissionalismo, marketing e etc. Vou me ater aos jovens, que na sua maioria sem saber, fazem parte das estratégias promocionais de empresas do setor de bares, restaurantes e boates que devido à grande concorrência. (aumento de bares e boates. Parecem ratos! Nascem 10 a cada hora! A crise vai tomar conta de alguns, vocês vão ver!) precisam a cada dia estar perto do cliente não só por boas instalações, serviço, preço e comida, mas acima através da famosa “social”! Aí é que entram os famigerados pseudo-promoters!
Jovens descolados, garotões em sua maioria - poucas meninas se aventuram -, classe média e com um espírito mais libertário, carismáticos na escola, uns foram do grêmio, outros faziam um som e jogavam bola bem e, digamos assim, gostam mais da festa do que os seus amigos que estão loucos para serem advogados, médicos e engenheiros. Promoter invariavelmente faz algo como comunicação social ou administração. Bom, os tais promoters na verdade querem é passar uns quatro ou cinco anos na gandaia, pegando gente, comendo água, dando mole para os amigos e, acima de tudo, tirando muita onda!
Isso mesmo, brothers & sisters. Uma das grandes vantagens desta malfadada galera é que trabalham com a vaidade das pessoas que sempre vão querer um tratamento especial nas festas, bares e boates, camarotes Vips e o principal: a merda da cortesia almejada por todos e sempre no bolso dos promoters! Daí muitos se confundem e se passam. Aliás, todos se passam, pois são jovens, sem muita experiência, pueris e sem noção da real, o pior de tudo!
Bom, mas na verdade eles não entendem nada do business apenas desconfiam. Lastreados por umas viagens para o Rio, São Paulo ou Floripa. Alguns deles então acabam indo fritar batata, ou ser peão de obra, limpar banheiro ou tomar conta de velhinhos vivendo como clandestinos em Londres, Barcelona ou San Diego. Aproveitando também para sempre cair na noite e nas baladas destas cidades. Pronto! Eis que está formado o “promoter”! Rola também um brother carioca que ficou amigo no Carnaval e saca tudo de música eletrônica, conhece os DJs e pronto. Está formado mais um outro promoter!
Mal necessário a quem quer dar um caráter mais pessoal aos seus estabelecimentos, esses seres rarefeitos sabem tudo, mas não sabem nada ao mesmo tempo. Têm solução para tudo, sempre pensando que o interessante é dar muita cortesia, trazer “o melhor DJ do mundo”, pois uma hora qualquer a noite pega e aí bombou (termo usado para auferir o sucesso do evento). O resultado do evento, na verdade, foi um sucesso coletivo de trabalho. Mas na cabeça dele, nada. O sucesso mesmo foi dele!
Ser promoter é um estágio inicialmente para uma possível carreira ou um fator agregador que pode crescer a depender do interesse do cidadão na profissão e nos estudos como aquele seu amigo médico, engenheiro e advogado. É muito legal ter uma galera que quer matar uma graninha durante a faculdade juntando seus amigos em um local porreta e alto astral, se divertindo na moral e com moral. Mas o grande problema está em alguns que se arvoram a fazer isso toscamente e se autodenominando “profissionais” quando na verdade estão completamente despreparados de conteúdo, pesquisa , sem nenhum tipo de histórico profissional (este com letra maiúscula) de sucesso e nem muito menos sabendo do que se trata um modelo de negócio.
Temos que saber diferenciar de uma vez por todas o profissionalismo do empirismo e entender que o sucesso de um estabelecimento passa por planejamento, e não por uma dúzia de meninos descolados. Descolados de tudo, inclusive de responsabilidades, e muitas das vezes de noção.
To Be Continued...
(post originalmente publicado por Ildázio Jr. no site bahianoticias.com.br onde o mesmo mantem a coluna de nome holofote)
